Entre os dias 7 a 9 de abril, aconteceu aqui em nosso estado, a segunda edição do “Pocando no ES”, um encontro de blogueiros de viagem, com objetivo de promover o estado do Espírito Santo. Participaram blogueiros capixabas, de fora do ES e ate de fora do país. Este ano o roteiro foi o litoral sul do estado. Fizemos na sexta feira, dia 07, a abertura do encontro no hotel Quality Suites em Vila Velha. No sábado fomos de van até Marataízes, e na volta, passamos por Iriri, Anchieta e Guarapari, onde pudemos conferir e conhecer um pouco mais da história, gastronomia e curtir as belas praias que temos em nosso litoral sul do ES.
Vista do quarto do Hotel Espadarte – Iriri
Vista da Praia da Lagoa do Siri – Marataízes
Um dos passeios mais interessantes foi pelo Rio Benevente, que corta a cidade de Anchieta. Este passeio chega até algumas ruínas cheias dos mistérios, que contaremos a seguir.
Para chegar ao local, nós pegamos um barco no final da tarde junto à colônia dos pescadores de Anchieta, as margens do Rio Benevente onde demos início ao passeio. Como o dia estava ensolarado, mesmo no final da tarde, o sol ainda deixava tudo claro, e uma gostosa brisa corria, fazendo a nossa subida do rio muito tranquila. O caminho até as ruínas foi realmente bem tranquilo, apesar da maré vazante, e logo entramos em um afluente do Benevente, o rio Salinas. O que achamos interessante também foi saber das varias ramificações existentes no rio, onde em uma conversa com o barqueiro, ficamos sabendo que muitas destas ramificações foram abertas pelo homem, devido às enchentes que ocorriam no rio, e foi a melhor maneira de solucionar este problema.
Uma hora rio acima e chegamos ao local das ruínas. Na margem direita foi construído um pequeno ancoradouro, que permite o desembarque dos visitantes. Ao descermos do barco, seguimos por uma passarela de madeira, dentro da mata! É um corredor de aproximadamente trezentos metros, construído acima do mangue seco que leva às Ruínas de Salinas. Em aproximadamente cinco minutos de caminhada pela mata preservada, chega-se até as ruínas. Uma dica fundamental é o uso de repelente, NÃO deixe de usar, pois os mosquitos castigam demais quando se entra na passarela no meio da mata. Nós não levamos e fomos castigados demais por estes pequenos seres….
Quando termina a passarela de madeira no mato, abre-se um clarão no meio por onde podemos avistar as ruínas. Não existe muita coisa, apenas a base e as 32 colunas que formam uma bonita arquitetura que foi construída de pedras, conchas e óleo de baleia, que ficou mais bela ainda com a presença da lua cheia que aparecia no céu já começando a escurecer.
Esta construção é do século XVI, porem sua origem ainda é um mistério. No entanto, hipóteses não faltam.
Uma das versões é que havia uma fazenda, onde se explorava sal. As ruínas podem ter abrigado à sede dessa propriedade. Supõe-se que a salina era clandestina, já que a exploração de sal era monopólio exclusivo da coroa portuguesa.
As ruínas podem ser também a terceira aldeia dos jesuítas – a de São Cristóvão – que desapareceu e que foi citada por Hélio Abranches Viotti em Anchieta – O Apóstolo do Brasil. Entre 1578 e 1588 os religiosos fundaram as aldeias de Reriritiba ou Reis Magos e Aldeia Nova da Conceição de Guarapari.
Em 1589 o Catálogo dos Jesuítas assinalava a terceira aldeia, que poderia ter abrigado as atuais ruínas.
O que se tem certeza é que o rio sempre teve esse nome. Há também versões de que as ruínas podem ter sido a primeira igreja construída pelos jesuítas no litoral sul do Espírito Santo, que ficava no centro de uma aldeia chamada São Pedro, e que devido a problemas logísticos foi abandonada sem ter sido concluída, sendo então construída uma nova igreja que é a atual.
Na volta, já com o sol se escondendo por definitivo e a noite surgindo, tivemos belas exibições dos voos dos pássaros em rasante junto ao rio Benevente, o que justificou belas fotos. Tivemos a sorte de ter uma historiadora junto ao nosso grupo, que era a companhia do barqueiro, que nos ajudou em muito nas dúvidas sobre o passeio.
O lugar é bem legal! E é interessante o relativo isolamento em relação à cidade de Anchieta. Vale à pena visitar! Ainda mais se considerarmos o belo passeio pelo rio.
Como chegar
Não existe ainda nenhum serviço especializado e regular para fazer o passeio. Passando por Anchieta, não suba a ponte, entre a direita antes e pare ali no porto da colônia dos pescadores. Basta perguntar pelo passeio e sempre haverá um pescador para te levar e contar belas histórias do local. Negocie e preço sempre. Se quiser, leve um isopor com bebidas e um tira gosto, o passeio é bem calmo, e não dá enjoo nem nas pessoas mais fracas para passeio de barco. Vocês vão adorar o passeio, o @casalviagem.es garante !!!
Blogueiros participantes do 2º Pocando no ES
Blogs de fora do ES convidados:
@bagagemdememorias
@blogviajadas
@euvoudemochila
@topensandoemviajar
@viajantecomum
@viagenscine
@mochilaobarato
@mineirosnaestrada
@catalogodeviagens
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Blogs capixabas participantes:
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@alineapproves
@caminhagente
Agradecimento
O @casalviagem.es gostaria de agradecer a toda a equipe que nos convidou para participar deste evento grandioso, em especial a figura do Deivison Santana do Instagram @capixabanaestrada.
Organização: Capixaba na Estrada, Universo Fox
Guia Oficial: Guia & Turismo
Apoio: Quality Suites Vila Velha, Chácara Feliz Pousada, Hotel Guara Pousada, Go inn Vitória, Ibis, Orquídea Café
Transportadora Oficial: Latam Airlines
Apoio Institucional: Guarapari Convention, Prefeitura de Anchieta, Governo do Estado do Espírito Santo, AHTG
Parceiro: Wis, RDV Confecções, Associaçã Iririvivo, Café Caramelo, Chocolateria Brasil, Espadarte Hotel, Cervejaria Barba Ruiva, Viagema, Alfa, Restaurante Week, CDC, Hotel Ilha do Boi, Cantina Mattiello
Agradecimento: Pousada Mar e Mata, Claids, Aprendiz de Viajantes, Escritório Arte Dayse Resende, Qual é Quadrinhos, Restaurante Atlântica, Pedra Azul Ecotur, Laticínio Lorena, Loja Beleza Capixaba, Bristol Hotels
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